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entrevista com andre junior youn designer do ploomes

Atualizado: 10 de dez. de 2021

Andre Junior Youn, tem 25 anos, é aluno da Faculdade de Arquitetura Urbanismo e Design da Universidade de São Paulo (FAU USP) onde de 2015 à 2017 cursou Arquitetura e Urbanismo e em 2017 migrou para o curso de Design. Além de ter sido co-curador com o pesquisador Felipe Massami no São Paulo Tech Week, esteve envolvido em inúmeros projetos de extensão durante a graduação, voltados tanto para a área de desenvolvimento de projetos de alto impacto, quanto para o Design.





1. Me conta um pouco sobre as suas extensões durante a faculdade?

As experiências mais importantes de longe foram na FAUUSP Jr como membro e como presidente, na ENACTUS USP e na organização um evento com o Núcleo de Empreendedorismo da USP, o primeiro startup weekend, evento impulsionado pela google, com o tema de cidades inteligentes em São Paulo. Houve outros eventos menores que participei, mas com certeza um dos mais impactantes para mim, foi ser co-curador com o Felipe Massami no São Paulo Tech Week, uma das maiores semanas de inovação e tecnologia do mundo. Também fui membro de outras entidades como por menos tempo, como o USP Debates e o Laboratório de Empreendedorismo da USP (o E-lab), mas todas essas vivências construíram uma parte do que sou hoje. Hoje sou parte da equipe de implementação da Ploomes e lidero a área dos designers.

2. E sobre a sua experiência profissional?

Trabalhei na Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) por seis meses, dois meses na Link API e estou há 1 ano na Ploomes. A grande dificuldade foi me habituar ao "burocratez" do setor público, porém, dei muita sorte de meu primeiro emprego ter sido na SMIT e ter tido um chefe como o Felipe Massami. Como ele também havia feito Design na FAU ele sabia exatamente quais seriam minhas dificuldades e o que eu precisava fazer para me situar e alinhar com todos. Na Linkapi tive também a outra sorte de o Ian Casarim como meu chefe. Mais uma vez estava entrando em outro mundo fora da minha expertise que era o mundo de uma startup tech no mercado de IPAAS (integration platform as a service). O Ian me introduziu ao mundo do web design me deu recursos e conhecimentos de design e programação para eu começar a trilhar meu caminho nessa área de front end design.

Finalmente na Ploomes, uma startup do segmento de CRM (melhora e faz a gestão de processos comerciais das empresas), fui indicado pela minha noiva, Priscila Yoshihara. Sei que ficou repetitivo, mas não tem como não dizer que tive a maior sorte de ter por um tempo como minha chefe, a minha namorada. Mais uma vez alguém que pode passar os conhecimentos necessários para eu crescer dentro da empresa. Claro, em todas as experiências me debrucei para entender aquilo que eu não sabia ou não conhecia, fui atrás de tudo que podia para aprender o máximo e melhorar profissionalmente. Aliando o meu esforço com pessoas incríveis, interessadas no seu sucesso, o desafio fica muito mais divertido.

3. O que você percebe que foi um diferencial seu para entrar no mercado de trabalho?

Participei de algumas organizações nos primeiros anos de faculdade. todas elas me complementam de alguma forma, mas as coisas que mais foram desenvolvidas e pude colocar em prática todos os dias foram habilidades comunicacionais e o estilo "work hard" de mergulhar a fundo naquilo que estou fazendo. Acredito que o que mais chamou a atenção foi o fato de ser um Designer que gosta de estudar gestão e processos inovadores. Este acúmulo de experiências refletiu naturalmente nas minhas vivências profissionais, o que confirmou minha hipótese de que tudo tinha que fazer sentido e tudo tinha que ter um propósito. Na minha cabeça não adiantava causar uma ótima primeira impressão sem atender as expectativas no dia a dia. O mesmo motivo que me trouxe frutos na FAUUSP Jr e na Enactus também foram os motivos que estão me trazendo frutos na Ploomes, onde tenho mais tempo de casa.

Quando entrei no mercado de trabalho o que facilitou muito foi conhecer o meu perfil. Eu sabia que queria ser protagonista, ambicionava altas responsabilidades e procurava provar o mais rápido possível o meu valor. Por isso, após a SMIT busquei o mundo das Startups. Como havia organizado alguns eventos no ecossistema empreendedor de SP, eu conhecia a cultura e o meio ao qual eu estava lutando para fazer parte. Toda esta jornada tem feito sentido.

4. Quais foram os seus primeiros contatos com o mercado de trabalho e como te ajudaram profissionalmente?

Meu primeiro contato com o mercado foi com a FAUUSP Jr. Aquela foi a época que mais pude aprender e aplicar conhecimentos do Design voltado para gestão. Evoluímos em ciclos rápidos de testes para descobrir como iríamos estruturar uma empresa de forma escalável e replicável, além de aprender a olhar para pessoas como um grande ativo da organização.

Já na Enactus estava entendendo mesmo o que um impacto social de verdade. Lá eu entendi o quanto nós, cidadãos comuns, somos capazes de causar grandes impactos na vida das pessoas. Estudamos e aprendendo no desenvolvimento da organização técnicas de metodologias que facilitava o desenvolvimento de ideias inovadoras. Além disso, viabilizar estas ideias, tangibilizar o utópico e "sair do prédio" para testar nossas soluções. Isso que é uma cultura muito de startup eu aprendi em um lugar que tinha outros objetivos. Tudo se encaixava no grande quebra cabeça que está em minha mente. O resultado final é a imagem do profissional que almejo ser e desde 2017 venho encaixando peça por peça.

5. Um conselho para os que estão para se formar ou se formaram a pouco tempo.

Minhas tarefas e responsabilidades gravitaram em torno de um propósito que me conduziu ao longo dos anos na FAU. Era isso que me fazia seguir em frente. Encontre um propósito. Tudo precisa fazer sentido na jornada. Entenda os motivos, pense em como executar, depois disso você saberá o que fazer.

A imagem que tenho na minha cabeça é de alguém que desenha muito bem. Para quem vê pela primeira vez um belo desenho é muito fácil dizer coisas como "a pessoa nasceu com o dom da arte". Para mim, é algo difícil de se aceitar, desconsidera anos que a pessoa treinou ou exercitou por hobby. O lado do esforço geralmente vence o talento. Agora como isso se relaciona com propósito? Penso que ótimos artistas sabem aquilo que querem representar, sabem a mensagem que gostariam de passar pela sua obra. Como irão executar isso? Será feita uma análise de ferramentas, tintas, telas, ambientes e assim, com isto definido, o artista sabe o que fazer. Conforme o passar do tempo, mais ferramentas e mais repertório estarão disponíveis nas capacidades do artista. Cada obra será única, mas todo conhecimento acumulado será para guardado e usado na próxima obra de arte. De uma maneira mais resumida, coisas extraordinárias são consequências de ações ordinárias.

Pergunta bonus: O que te fez mudar da arquitetura para o design?

Sempre soube que quis trabalhar com design de carro. Fui atraído pelo fato de Arquitetura ser um curso mais reconhecido e mais tradicional. Após um ano e meio cursando Arquitetura, percebi que não deveria me guiar pelos motivos que me fizeram entrar no curso, mas sim realmente ir atrás daquilo que fazia sentido. Arquitetura é um curso apaixonante, parte do que aprendi lá moldou o que sou hoje, porém não dá para se fazer tudo o que gostamos. Passei a concentrar todos os meus esforços naquilo que fazia sentido. Não é o design de carro em si, mas sabia que era Design e não me arrependo nem da mudança, nem dos meus quase dois anos de Arquitetura.

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